Desde que Eduardo Cunha se tornou presidente da Câmara dos Deputados do Brasil em 2015, sua carreira política tem sido marcada por corrupção e escândalos. Em dezembro de 2015, Cunha foi acusado pelo procurador-geral da República de receber pelo menos US$5 milhões em propinas em contas secretas na Suíça, relacionadas à Petrobras. Cunha negou as acusações, mas em maio de 2016, o Supremo Tribunal Federal o suspendeu de seu mandato como deputado e de sua posição como presidente da Câmara dos Deputados.

No início de 2017, Eduardo Cunha foi condenado pela Lava Jato a uma pena de prisão de 15 anos e 4 meses pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As acusações contra Cunha incluem a operação de contas bancárias secretas no exterior, suborno e fraude eleitoral.

A carreira de Eduardo Cunha teve um fim dramático em outubro de 2016, quando a Câmara dos Deputados do Brasil votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Cunha foi fundamental para o processo de impeachment, utilizando sua posição como presidente da Câmara dos Deputados para liderar a acusação contra Rousseff. Cunha também era um dos principais oponentes da presidente, visto que os dois vinham de partidos diferentes e ele alegou que Rousseff havia cometido ilegalidades financeiras.

No entanto, a suspensão de Cunha pelo Supremo Tribunal Federal e suas acusações de corrupção inevitavelmente levaram à sua própria queda. Ele foi preso em outubro de 2016, logo após a votação do impeachment, e acabou sendo expulso do Congresso Nacional pelos seus pares em setembro de 2017.

A carreira política de Eduardo Cunha é um lembrete da corrupção endêmica que afeta a política brasileira. Como presidente da Câmara dos Deputados e um dos políticos mais poderosos do país, Cunha operou por muito tempo usando suas conexões e influência para enriquecer sua própria conta bancária. Seu envolvimento em atividades ilícitas só foi possível graças à falta de transparência do sistema político brasileiro e a falta de vontade daqueles que deveriam fiscalizar as leis.

Embora a queda de Eduardo Cunha tenha sido uma importante vitória contra a corrupção, ainda há muito trabalho a ser feito para limpar a política brasileira e garantir que políticos corruptos sejam responsabilizados por suas ações. Para que isso aconteça, é necessário um compromisso sério do governo brasileiro em aplicar a lei e criar um ambiente de transparência e prestação de contas para todos os políticos do país.